INTRODUÇÃO A prática de observar os bebês foi inserida no curso de formação para psicoterapeutas de crianças por Esther Bick, em Londres, Clinica Tavistock, em 1 948 (Harrys, 1987). Alguns anos depois, também foi implantada no Instituto de Psicanálise de Londres, como parte de seus planos de estudo (Sanchez, 1989). A observação da relação Mãe-bebê, segundo o método Bick (ORMB), consiste na prática realizada por um observador ao visitar a casa da família onde residam uma mãe e um bebê durante uma hora no período de uma semana no primeiro ano de observação, e no segundo ano da pratica, de quinze em quinze dias. Cabe ao observador tentar entender como funciona os aspectos comportamentais inconscientes e o padrão de comunicação mantido entre a mãe e seu bebê, no que diz respeito a seu ambiente familiar e também em seus aspectos emocionais (Sanchez, 1983). O observador também é responsável por deixar devidamente esclarecido aos pais do bebê escolhido que suas visitar serão feitas apenas com o intuito de aprender, como parte essencial de sua formação profissional. Embora o observador não deva tomar outro papel além de observar a mãe e o bebê, ele deve demonstrar sua gratidão pela oportunidade e pela colaboração dos pais ao permitirem que o mesmo pratique a observação em seu ambiente familiar (Sanchez, 1983) Por tanto, orienta-se que o observador seja neutro enquanto estiver acompanhando a mãe e o bebê em prática, para que ele não modifique o ambiente com suas ações ou prejudique a mãe e o bebê, fraudando dessa forma, sua prática. A posição de observador desperta muitas vezes em seus praticantes certa ansiedade, causada pela aproximação do observador das fragilidades da relação particular da mãe e seu bebê (Farias, 1988). Inicialmente, o observador reúne os pais e recolhe informações referentes ao processo da gestação e do parto e