INTRODU 1

1.1- INTRODUÇÃO

A partir do meado do seculo XV, entra-se numa nova fase da história da Europa- a fase do renascimento e da início a chamada idade moderna. Conhecem-se os seus aspectos fundamentais. Por um lado, dá-se uma atenuação muito forte do espirito religioso global e envolvente que marcou a idade média e uma clara acentuação de humanismo e dos valores profanos, com um certo resvalar para o paganismo, num quadro geral de restauração da cultura Grego Romano e dos traços característicos da antiguidade clássica, e de ruptura com a idade média. Tudo que é o humano passa a ser mais importante do que é divino: Como escreveu um renascentista de nomeada, “nada é mais admirável do que o homem” (1). Por outro lado, e encontraste com “sacerdotalismo” medieval, acima referido, assiste-se a afirmação da supremacia do poder civil sobre as autoridade religiosas, e ao fortalecimento do poder real. É, no plano Politico e Administrativo, o fim do feudalismo: acaba a pulverização dos poderes senhoriais, corporativos, eclesiásticos e municipais, e dá-se a centralização do poder real e afirmação do Estado Soberano. É neste período, com efeito, que nascem as grandes monarquias Europeias: Os Reis Católicos em Espanha, os Tudors em Inglaterra e o Absolutismo Real em França: tudo culminará no l’ État c’est moi de Luis XIV. Começam afirmar-se as nacionalidades: passa-se da cidade-Estado para o Estado-Nação. E Assiste-se a ascensão do absolutismo Real: O monarca desliga-se cada vez mais de vínculos de caracter religioso, para se guiar sobre tudo por motivações puramente politica ou seja pela “razão de Estado”. É o primado do Politico: politique d’ abord, em vez do morale d’ abord (1). Em Portugal D. João II (o Príncipe perfeito), encarna integralmente o reforço do poder real e o despreendimento de limites morais. Noutro plano, dão-se os descobrimentos, tarefa de cunho universal e planetário, entre os Portugueses desempenham papel primordial. E com o descobrimento