Intervenções psicossociais na comunidade - Intervenções e práticas - Resenha
Luciane Ferreira da Silva Justino.2
Proposta de Intervenções Psicossociais na Comunidade:
Dificuldades e potencialidades
No artigo intitulado como “Intervenções Psicossociais na Comunidade: Desafios e Práticas” 3, de Ansara e Dantas, são apresentados os desafios enfrentados por profissionais de diferentes áreas sociais em suas práticas de intervenção psicossocial em diversas comunidades do município de São Paulo.
Os desafios são relatados através da experiência de um curso de Psicologia Comunitária e da Libertação, com o objetivo de fornecer aos profissionais, instrumentos indispensáveis à elaboração de propostas de intervenção psicossocial nas áreas onde atuam.
A discussão é baseada a partir dos conceitos desenvolvidos por Martin Baró (1998) sobre propostas de intervenção comunitária e as contribuições de Maritza Montero (2004) nos modelos de construção e transformação crítica e as relações e contradições das práticas e regras entre Estado, Programas e Organizações.
O artigo busca uma fiel compreensão das dificuldades sociais da comunidade, e questiona como os representantes do poder público podem ser agentes de transformação e intermediários na dimensão política, uma vez que lhes faltam referenciais teórico-metodológicos para suas práticas psicossociais.
Os participantes do curso enriquecem a problematização trazendo suas experiências com as comunidades onde atuam e demonstram sentimentos de impotência e insegurança diante dos desafios e demandas nessas comunidades.
A proposta teórica do curso é apresentada por meio dos conceitos de Martin-Baró: fatalismo, ideologia, conscientização e desideologização e o Paradigma da Construção e Transformação Crítica de Maritza Montero e sua proposta de “Fazer para Transformar”.
Segundo Martin-Baró (1998) o fatalismo nas populações excluídas, nada mais é do que um esquema ideológico que se origina nas estruturas sociopolíticas e se enraíza psiquicamente garantindo a manutenção da