Interpretação de sonhos
CURSO: Formação em Psicanálise Clínica
ALUNA: Sara Coqueiro de Souza Bauermeister
Módulo
INTERPRETAÇÃO DE SONHOS
SÃO PAULO
2011
SONHOS
Tanto os sonhos como os devaneios tendem a ser mensageiros de comunicação codificadas.
Deve-se reconhecer, portanto, que eles freqüentemente representam importantes percepções inconscientes válidas sobre o terapeuta. Além disso, eles podem servir, para expressar importantes fantasias inconscientes, incluindo seus aspectos dinâmicos e genéticos.
Freud (1900) ofereceu um modelo básico do funcionamento humano, no qual ele considerava que os sonhos manifestos eram estimulados pelos resíduos do dia, ou seja, acontecimentos do dia do sonho. Esse modelo de estímulo da realidade e resposta intrapsíquica tem servido como fundamento do processo de escuta desenvolvido. Em lugar de resíduo do dia, o termo contexto adaptativo é usado para enfatizar as qualidades de adaptação, evocação do estímulo para a experiência, reações e comunicações do paciente. O conjunto de livres associações do paciente substituiu o sonho. Além disso, foi atribuído maior significado à superfície do material do paciente, bem como as suas implicações latentes.
Em princípio, o terapeuta escuta os sonhos de uma maneira comparável àquela com que acompanha todo o material do paciente. Em um nível manifesto, dependendo da natureza de seus conteúdos, um sonho pode revelar importantes indicadores ou pode representar um contexto de intervenção ativado através de alguma alusão direta ao terapeuta. Em termos de suas funções derivadas, um sonho manifesto pode servir como um forte mensageiro de significados derivados, dinâmicas e genéticas, percepções e fantasias.
Muitos sonhos estão repletos de imagens dinâmicas e genéticas óbvias. Alguns sonhos são, naturalmente, relativamente destituídos de elementos potencialmente significativos. Entretanto, o sonho fértil tende a conduzir os terapeutas em direção a formulações derivadas, de