A interpretação dos sonhos
Para interpretar os sonhos, Freud se utilizava do método de associação livre para revelar o conteúdo latente que se baseia no processo primário, em contraste, os processos secundários do pensamento de vigília, quando se está acordado, estão relacionados com o conteúdo manifesto. A interpretação do sonho é o reverso do “trabalho do sonho”.
Na elaboração onírica, o autor faz referência ao esquecimento dos sonhos e indaga que este se deve à pressão da resistência, imposta pela censura que tem origem no recalque e é o caso mais extremo de sua ação. Quando um fragmento é esquecido e posteriormente lembrado, este deve ser considerado a parte mais importante do sonho, pois é o que houve mais resistência e consequentemente tendo sido quase esquecido. No livro, Freud cita como exemplo, o sonho dos desagradáveis companheiros de viagem. Também há relações com o estado de vigília e sono, por exemplo, quando se acorda no meio da noite e se interpreta o sonho e depois se volta a dormir, e se acorda na manhã sem se lembrar nem do sonho nem da interpretação, embora se saiba que aconteceram. Freud afirma que o esquecimento remete ao estado de recalque.
Em seu texto, Freud cita algumas objeções feitas a sua obra. Como por exemplo, Morton Prince, que afirmou que o esquecimento é apenas um caso particular da amnésia ligada aos estados mentais dissociados, de que é impossível estender sua explicação dessa amnésia especial. Como resposta a crítica, Freud Alegou que o recalque (ou, mais precisamente, a resistência criada por ele) é a causa tanto das dissociações