Direito
A sua pequenez física e dedos ágeis são vistos como vantagens para determinados tipos de trabalho por empregadores sem escrúpulos. Acontece frequentemente serem oferecidos empregos às crianças, enquanto os seus pais permanecem em casa, desempregados.
Existem crianças entre os sete e os dez anos de idade que trabalham 12 a 14 horas diárias e recebem menos de um terço do salário dos adultos. As crianças empregadas domésticas não só trabalham longas horas para assegurar a sua subsistência, como são também particularmente vulneráveis a abusos sexuais e outros tipos de violência.
Nos casos mais extremos, as crianças são raptadas, detidas em campos remotos e acorrentadas à noite para que não fujam. São postas a trabalhar na construção de estradas e a carregar pedras. O trabalho infantil, muitas vezes duro e perigoso, causa danos irreversíveis à saúde das crianças e priva-as da educação e do gozo normal da infância.
As organizações não governamentais propuseram um calendário internacional para a erradicação das piores formas da exploração infantil. Sugeriam o seguinte:
Eliminação de todos os campos de trabalho forçado no prazo de 12 meses;
Eliminação das formas mais perigosas de trabalho infantil, conforme definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela OIT, até 1995;
Eliminação de todas as formas de trabalho de crianças menores de dez anos interditadas pela Convenção n.º 138 da OIT, e redução para metade, até ao ano 2000, do número de crianças trabalhadoras com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos. Pelos resultados do Censo 2010, são 3,4 milhões de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos trabalhando, quando deveriam estar somente estudando ou brincando.
Criança trabalhando é contra a lei; atrapalha os estudos e, principalmente, a impede