Integrada
Das 2.002 pessoas entrevistas, 73,9% apoiam o programa e 49,6% delas acreditam que ele solucionará problemas graves relacionados à saúde no país.
No entanto, demonstrações de xenofobia, racismo e preconceito reverberaram nas últimas semanas, após a chegada de centenas de médicos estrangeiros, dentre eles 400 cubanos que irão participar do programa por meio do acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização PanAmericana de Saúde (Opas).
Acostumados a trabalhar em zonas de conflito ou países com baixo IDH na América Latina, África e Ásia, 96 médicos, na sua grande maioria cubanos que haviam acabado de participar do primeiro dia do curso de formação sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), em Fortaleza (CE), foram rechaçados por dezenas de médicos brasileiros. Foram gritos, xingamentos e vaias.
Para o CFM, embora os dados do Ministério da Educação (MEC) comprovem que os médicos formados em Cuba foram os mais aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) em 2011 e 2012, os médicos e a medicina cubana ainda não são confiáveis.
O Brasil hoje tem um déficit de 15.460 médicos na atenção básica à saúde. Não há médicos nas áreas mais pobres das regiões Norte e Nordeste, e este cenário se repete em cidades do interior, em outras regiões, e também nas periferias das grandes cidades. Cerca de 700 municípios sequer têm um médico que resida neles. Apesar do número grande de médicos brasileiros que inicialmente se candidataram para integrar o programa, no final das contas, só 938 se habilitaram, junto com 194 brasileiros formados em outros países.
COMISSÃO DA VERDADE
De forma geral, as Comissões de Verdade são órgãos oficiais ou extra-oficiais, instituídos com a função de construir uma narrativa de um período de graves violações de direitos humanos, apontando os crimes que foram cometidos, as circunstâncias dessas violências, pessoas envolvidas etc. Podem ou não ter a finalidade expressa de julgar os