Insuficiência cardíaca
1. Definição
A criptococose é uma infecção fúngica causada pelo parasita Cryptococcus neoformans, um fungo encapsulado, de distribuição mundial, encontrado principalmente no solo contaminado e nas excretas de aves, como o pombo.
Em geral, os pulmões constituem o sítio primário de infecção por criptococos, porém devido ao tropismo do fungo pelo tecido neural, em indivíduos imunodeprimidos, como os portadores de SIDA, por exemplo, o parasita pode disseminar-se pela corrente sanguínea e estabelecer-se no sistema nervoso central, levando a forma neurológica da doença denominada neurocriptococose.
A neurocriptococose pode apresentar-se de duas formas: meningea e parenquimatosa. Meningite é a manifestação primária mais comum, com desenvolvimento de hidrocefalia devido ao edemaciamento cerebral por compressão de espaços ventriculares. O comprometimento mais comum da forma parenquimatosa ocorre no mesencéfalo e nos núcleos da base, com presença de criptococomas (“bolhas-de-sabão”) visíveis em exames por imagem.
2. Sintomatologia
O indivíduo acometido pela neurocriptococose em geral apresenta cefaleia atípica, de instalação insidiosa, com piora progressiva no quadro, tornando-se refratária a medicações, às vezes com piora ao deitar, podendo vir associada à febre desde o início. Evolui tipicamente com sinais de hipertensão intracraniana, como vômitos, distúrbios visuais e sonolência.
3. Diagnóstico
Pesquisa do líquido cefalorraquidiano, o líquor, coletado por punção suboccipital ou lombar. A análise clínica inicia-se já no processo de coleta, onde deve ser verificado se o fluido corre sob pressão (indicativo de hipertensão intracraniana) ou apenas em gotejamento lento (normal), devendo o aspecto do líquido ser límpido e incolor. A análise microbiológica inclui a coloração com Tinta da China (nanquim) para detecção do parasita.
Exames por imagem como tomografia de crânio e radiografia de tórax podem complementar o diagnóstico