INSTRUMENTALIDADE DO PROCESSO DE TRABALHO E SERVIÇO SOCIAL

Resenha Por: Ana Luiza de Melo Pinho, 2014.
Com base no vídeo da palestra da professora Assistente Social Yolanda Guerra e fazendo um paralelo com o seu texto “Instrumentalidade do processo de trabalho e Serviço Social”, percebe-se que para um real entendimento é preciso apreender o processo sócio-histórico da profissão e como a instrumentalidade foi se desenvolvendo e modificando-se no decorrer do tempo no âmbito do Serviço Social.
Inicialmente o Serviço Social vai surgir pela necessidade da classe capitalista de contenção da classe proletária, sendo estas antagônicas e em conflitos, com interesses divergentes. É neste cenário que o Serviço Social vai se inserir na divisão sociotécnica do trabalho em um quadro de processos políticos, econômicos e ideoculturais no período dos monopólios.
Dava-se um momento onde os trabalhadores vendiam sua força de trabalho em troca de um salário pago pelos capitalistas detentores dos meios de produção, onde os produtos não tinham mais apenas valores de uso, mas, adquiriam valor de troca, onde agudizava-se cada vez mais a desigualdade das classes e a luta por lucros com a mercantilização das relações sociais e a coisificação dos homens.
O trabalhador vai deixar de lado suas necessidades em detrimento das necessidades de outrem, se tonando um instrumento do capital, para o seu pleno desenvolvimento, onde o trabalhador vai ser dominado e explorado com a geração de mais-valia, que é o trabalho excedente não pago de onde vai se dar o maior lucro dos capitalistas.
Assim, pode-se entender a alienação deste homem, onde ao produzir não vai mais se reconhecer no produto final nem muitas vezes ter acesso a este. Com uma limitação da consciência, não se vendo como sujeito de direitos e homem genérico.
Somente quando há um elucidar, um maior conhecimento por parte deste tendo a consciência e o entendimento se reconhecendo enquanto trabalhador para si, que vai buscar alianças, daí decorrendo a eclosão das lutas sociais.
Assim, os