INSTITUTO FEDERAL DE EDUCA O

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE
CAMPUS SÃO GONÇALO DO AMARANTE
CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA

DALIANE BARBOSA
JOYCE KELLY CRUZ DE OLIVEIRA
KAROLAYNE SILVA

CRÔNICA

2015
Des(apegar)

Geralmente não costumo parar para escutar letras de determinadas músicas, mas nesses dias resolvi fazer isso e confesso que fiquei um pouco assustada com um “desapego” repentino propagado em algumas. Fiquei curiosa e não escutei somente uma, mas duas, três e percebi que, a maioria dos cantores dessa nova geração tem uma música sobre o tema em questão. E que não basta apenas “desapegar e esquecer” rápido, tem também a necessidade de mostrar para a pessoa que o deixou que ele está muito bem sem ela e gritar essa “felicidade” aos quatro ventos.
A letra da música de um cantor sertanejo chamado Lucas Lucco, por exemplo, representa bem isso. Ele começa dizendo:

“Você achou que eu ia sofrer
Mas eu tinha meu plano B, sabe de nada
A minha agenda tava disfarçada
Lugar de homem era mulher
Restaurante era cabaré, sabe de nada.
Comprou essa ilusão
Achou que eu ia me afundar na solidão.”

Esse trecho já faz começar a imaginar o tipo de relacionamento que ele tinha. Não quero dizer que você necessariamente tenha que sofrer depois de um fim de relacionamento, não é isso, mas quem termina um relacionamento já pensando em “pegar” mulher ou ir pra um “cabaré”? Se você gosta um pouco de alguém, é natural e às vezes até necessário esse mínimo sofrimento antes de “desapegar” completamente. Até porque desapego é um processo lento, mas até aí “tudo bem”. Ele continua:

“Esse arrocha é pra você que achou que eu tava aqui sofrendo
Vai vendo
Eu tô solto na balada
Aqui o couro tá comendo
Vai vendo
Enquanto você ta em casa
Eu to aqui no bar bebendo
Vai vendo
Postando fotos com as gatas
Pra você ficar sabendo
Vai vendo “

Aí vemos que não existe tanto “desapego” assim. Ele começa a cantar e direcionar essas atitudes a alguém, supostamente uma ex-