Institucionalização do Idoso
CRISTIANE GOMES
1. Concepções e aspectos sociais do envelhecimento no Brasil
O processo de envelhecimento é marcado por uma fase que modifica e acarreta importantes transformações nas pessoas. Esse processo é bem complexo e acoplado de muitas pluralidades. Ainda que seja uma etapa da vida onde as mudanças são comuns, os sujeitos envelhecem de formas diferentes e questões como modo de vida, situação econômica, autonomia, acolhimento familiar, acesso a políticas sociais e ao mercado de serviços podem tornar o envelhecimento um processo contraditório, na medida em que o cotidiano do idoso é influenciado pelas relações sociais na qual está inserido.
O envelhecimento possui múltiplas dimensões, as quais abordam vários aspectos de ordem social, política, cultural e econômica. Em vista disso, tais questões tem se tornado tema apreciável, uma vez que a expectativa de vida das pessoas tem aumentado significavelmente. Peres 2007), por exemplo, chama a atenção para os interesses de grupo e classes sociais em investigar a questão do envelhecimento e aponta que, com o aumento do número de aposentados decorrente do envelhecimento populacional, o Estado, as classes empresariais e a comunidade cientifica começaram a dar maior atenção a questão da velhice em nível mundial.
Enquanto fenômeno social, a longevidade deveria ser comemorada no país, entretanto tornou-se um tema preocupante para a sociedade, na medida em que a mesma não está preparada para tais transformações. O processo de envelhecimento é natural e ocorre de forma diferente em cada individuo, sendo a comunidade um apoio fundamental ao idoso.
Existem diversas formas de entender e viver a velhice, pois há pessoas que mesmo na velhice não perdem a capacidade de sonhar, gente que no cotidiano usufrui do sabor e da beleza da vida, superando limites, conquistando direitos, objetivando uma velhice digna e prazerosa. Atualmente a ONU define assim esse novo paradigma