Instinto
O jovem médico consegue o que parecia impossível: ajuda o doente falar e, com isso, é permitida sua soltura das algemas. Das sessões de terapia psiquiátrica consegue extrair a razão da violência: quando na floresta, em companhia dos gorilas, os animais foram atacados impiedosamente por guardas florestais e ele, na defesa instintiva de sua família (*), utiliza-se da agressão e acaba assassinando vários guardas. No curso do filme, quando o médico estava prestes a efetivar sua liberdade, um colega de prisão foi atacado por um dos carcereiros e nosso personagem, novamente na defesa instintiva de sua família (*), volta a usar de extrema violência, complicando em definitivo qualquer possibilidade de liberdade.
A conclusão do filme, deixamos à expectativa do leitor, mas destacamos o inteligente roteiro usado pela produção. O filme destaca valores reais da vida humana, como a solidariedade, e mostra a superficialidade das ilusões, mantidas muitas vezes à custa de manipulações, sacrifício da liberdade (e cujas grades nós mesmos construímos) e tolas vaidades, verdadeiramente passageiras.
O instinto