Instinto
Extraditado para os EUA ele é encarcerado em uma prisão famosa por abrigar criminosos psicopatas do mais alto potencial de periculosidade. Na prisão, o médico
Durante a trama, Powell, o civilizado que compreendeu os “selvagens”, agora compreendia ambos os lados; e o lado soturno para ele era o dos civilizados, os verdadeiros “selvagens” no sentido pejorativo. Powell encontrou no meio dos gorilas e na vida selvagem uma vida autêntica, longe dos jogos perigosos que se armam na civilização. Os humanos correm todos pela paz, mas suas ações causam conflitos, um quer se sobressair diante do outro. A paz, tão desejada pelos humanos, sentimento colocado no altar, quem diria, está entre os “selvagens” e não entre “nós civilizados”, diz-nos a mensagem de Powell. O instinto, a que os animais obedecem cegamente, e que é a sua própria virtude, deve ser incessantemente combatido pelo homem que quer elevar-se e substituir o grosseiro utensílio da necessidade pelas armas finamente cinzeladas da inteligência..
O que significa fazer parte de uma civilização, de uma ordem, uma “ilusão” ou uma grande brincadeira que perdura por milhares de anos, o que significou para o homem criar para si esta aventura rumo ao que a sua natureza lhe destinou. Convivendo com os gorilas o antropólogo se vê longe daquela “necessidade do homem moderno” de sempre querer mais além do necessário – o acúmulo de riquezas - além do extermínio intra e inter espécie – algo que só os humanos fazem. A civilização é doente e terrivelmente mefítica quando Powell se vê diante de uma paz na vida selvagem com os gorilas que ele pondera e enfatiza: uma paz que os humanos não são