Inseticidas Organoclorados
ARACELI VERÔNICA FLORES *
JOSELITO NARDY RIBEIRO **
ANTONIO AUGUSTO NEVES ***
ELIANA LOPES RIBEIRO DE QUEIROZ ****
INTRODUÇÃO
A história da humanidade é marcada por uma quantidade inacreditável de prejuízos causados por pragas agrícolas. Relatos bíblicos descrevem grandes períodos de escassez causados por invasões de gafanhotos. Em tempos mais recentes, na Irlanda, por volta de 1845, milhares de pessoas morreram de fome em conseqüência da requeimada-batata, doença que dizimou os batatais daquela região. Em Bengala, na Índia, a fome foi causa da morte de inúmeras pessoas devido à doença causada por fungo, que matou mais de 50% das lavouras de arroz. Em 1870, no Ceilão, hoje Sri Lanka, a cultura de café foi devastada pela ferrugem e teve que ser substituída pela de chá. O
Brasil presenciou a devastação da cultura de cacau pela vassoura-de-bruxa na região de Itabuna e Ilhéus, na Bahia, a qual, além de conseqüências econômicas, ocasionou sérios problemas sociais como o êxodo rural e o desemprego, e ecológicos, como a destruição de partes da Mata Atlântica (TURK, 1989; MAFFIA & MIZUBUTI, 1999;
ZAMBOLIM, 1999).
Para combater essas pragas agrícolas, como também as que surgiram na pecuária, e encontrar um novo equilíbrio ecológico, foi introduzido o uso de certos produtos químicos, cujos número e eficácia não pararam de aumentar (SENENT, 1979).
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Departamento de Química Analítica, Laboratório B200-204, Instituto de Química, Unicamp. E-mail: araceli@iqm.unicamp.br **
Departamento de Química Analítica, Laboratório B200-204, Instituto de Química, Unicamp. E-mail: nariber@ig.com.br *** Laboratório de Química Analítica Ambiental, Departamento de Química – Universidade Federal de Viçosa
– MG. E-mail: aneves@ufv.br
**** Laboratório de Química Analítica Ambiental, Departamento de Química – Universidade Federal de Viçosa
– MG. E-mail: meliana@ufv.br
Recebido em 14/04/2004 – Aceito em 07/08/2004.