Inseminação artificial em suínos
Milanov em 1932, na URSS realizou a primeira inseminação artificial (IA) na espécie suína. A partir desta data numerosas pesquisas foram realizadas com referência à inseminação artificial em suínos, em um grande número de países. Em 1948, o Japão se lança nesta prática, mas somente após 1955 é que o método começou a ser empregada em países como a França, Inglaterra, Holanda e Bélgica (JONDET et al., 1971).
No Brasil, a inseminação artificial suína em escala comercial foi introduzida somente a partir de 1975. Ela encontrou condições favoráveis para sua implantação na região sul, que possuía as melhores condições políticas e econômicas, além das facilidades de meios de comunicação e escoamento da produção. Os bons resultados de fertilidade e as vantagens sanitárias e econômicas foram responsáveis pela progressão da técnica junto aos criadores. Apesar das vantagens apresentadas pela inseminação artificial, ela é utilizada em apenas aproximadamente 2% do total de granjas instaladas no país (SCHEID, 1992).
A utilização da inseminação artificial em suínos tem crescido drasticamente nos últimos anos. Estimativas mostram que o aumento da aplicação desta técnica, passou de menos de 5% em 1986, para 30% em 1996 e aproximadamente 50% em 1998, no rebanho mundial. Este aumento se deve ao aumento no número de suínos confinados, cuidados com a introdução de doenças nos rebanhos e interesse na produção de animais geneticamente superiores (LAMBERSON & SAFRANSKI, 2000).
A possibilidade da disseminação da técnica da inseminação artificial no Brasil, visando melhores níveis de produtividade, maior difusão de material genético de alta qualidade e diminuição dos custos de produção, é de suma importância uma vez que o mesmo possui um plantel que representa uma proporção de acima de 60% da população suína presente na América do Sul, com uma população em torno de 37 milhões de cabeças com uma produção de carne em torno dos 1,8 milhões de toneladas/ano (ABCS, 1999).
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