Inovação
Ilustrações Andrea Costa Gomes
capa
Criando as condições para inovar por
Carlos Arruda, Anderson Rossi e Paulo Savaget
A necessidade de inovação na economia contemporânea já é consenso entre todos os atores envolvidos no processo: empresas, parceiros estratégicos, governo, clientes e universidades. O comportamento inovador tornou-se um dos principais diferenciais das economias, com impactos no seu nível de desenvolvimento, índices de crescimento e dinamicidade. Destaca-se, assim, como um dos grandes responsáveis pelos ganhos de competitividade de países e empresas. Estudos realizados pelo Núcleo de Competitividade da Fundação
Dom Cabral reforçam que a única variável competitiva capaz de explicar, de modo consistente, o crescimento de uma economia é sua capacidade de promover a inovação, não apenas tecnológica, mas também de produtos, processos, modelos de gestão e negócios.
Mas, se inovar é opção estratégica fundamental para sustentar a competitividade e o crescimento, por que as empresas não inovam? Segundo pesquisa realizada com a Comunidade Ampliar (fórum de relacionamento da FDC com os ex-participantes de seus programas), apesar de 97% dos executivos acreditarem que a inovação – ou seus correlatos, criatividade e empreendedorismo – sejam estratégias essenciais, na prática apenas 7 a 9% confirmam ter sistemas e processos instalados em suas empresas para tornar a inovação uma realidade.
Competir, especialmente em tempos de crise global, exige das empresas habilidades e competências específicas, para focarem no curto prazo e na redução de custos e investimentos, garantindo um resultado aceitável pelos acionistas.
Os investimentos em inovação acabam postergados e o futuro fica apenas “no futuro”, pois são mais urgentes as soluções de curto prazo para garantir o presente. Mas sem futuro não existe o presente.
É importante pensar fora dos padrões impostos pela indústria e pelo mercado, tentar fazer melhor,