Inocencia
Inocência, livro escrito pelo autor Visconde de Taunay, nascera no Rio de Janeiro em 22 de fevereiro de 1843. Estudou Humanidade no Colégio Pedro II, e em 1859 matriculou-se na Escola Militar, onde se diplomou em Ciências Físicas e Matemáticas. Foi engenheiro do Exército, tenente do Imperial Corpo de Engenheiros participando da Guerra do Paraguai e da expedição do Mato Grosso. Largou a vida militar ainda no posto de major para se dedicar à política e às letras. Dedicou-se às artes, ao jornalismo e à crítica. Ele foi um autor além da maioria dos romancistas, embora também usassem temas sertanistas, não tinham realmente muita experiência do interior brasileiro como Taunay havia. No final do Romantismo brasileiro, a partir de 1860, as transformações econômicas, políticas e sociais levam a uma literatura mais próxima da realidade. A poesia reflete as grandes agitações, como a luta abolicionista, a Guerra do Paraguai, o ideal de República. É a decadência do regime monárquico e o aparecimento da poesia social de Castro Alves. No fundo, uma transição para o Realismo.
É considerada uma obra regionalista, pois segue uma linha de ideias regionalistas. Apresenta as seguintes características, as quais possuem o romantismo: Focalizava a vida, os hábitos da população do interior do país. Aparecem os costumes originais da época (tal como proteção à filha), a paisagem, os aspectos naturais do lugar onde ocorre à narrativa.
Outras características do romantismo que aparecem na obra são: amor/casamento proibido, idealização do herói (pois podemos considerar Cirino um herói), impasse amoroso com final trágico, idealização da mulher (Inocência), e um grande sentimentalismo amoroso entre as personagens. Reforça-se uma das principais características do Romantismo europeu: a concepção de um único e idealizado amor, cuja impossibilidade de realização leva os protagonistas à morte. (Inocência, era fiel ao seu princípio amoroso, foi capaz