Crise provoca reviravolta e faz profissionais
31/05/2013
às 18:00 \
Artigo publicado em edição impressa da revista Exame
OS POBRES PAGAM MAIS
A crise no mundo rico e a falta de gente qualificada em países como o Brasil provocam uma inversão inédita de salários dos executivos.
Eles têm perspectiva de ganhar mais aqui do que lá.
O quadro não é novo, mas hoje está mais claro do que em qualquer outra época. Pela primeira vez na história, possivelmente, trabalhar como executivo — em português simples, como chefe de alguma coisa, e não como operário imigrante — pode estar sendo melhor no mundo pobre, ou pelo menos no que se chama de
“emergente”, do que no mundo rico.
S a l á r i o s m a i s a l to s e m p a ís e s e m d e s e n vo l vi m e n to a tr a e m e xe cu ti vo s d e p r i m e i r o m u n d o
-- s ó a Fr a n ça j á p e r d e u m a i s d e 1,6 m i l h ã o d e p r o fi s s i o n a i s ( Fo to : G e tty Im a g e s )
A regra não é clara, mas os números são. Os resultados da pesquisa mundial mais recente sobre o tema, fruto de estudo feito por 20 000 especialistas em remuneração que trabalham em 70 países, comprovam que os executivos dos quatro Brics, e algumas dez enas de nações com características parecidas, terão em 2013 altas salariais maiores do que em qualquer lugar do Primeiro Mundo.
Dentro de três anos, os salários dos executivos na Ásia deverão ser superiores aos dos Estados Unidos. Já agora, na China, um gestor vindo de fora ganhará logo de saída 30% mais do que recebia no país rico de onde veio. O Brasil, nesse pelotão, é um dos que apresentam os maiores aumentos.
Tirando os mandarins da primeiríssima linha das megaempresas americanas e multinacionais, sobretudo na área