Iniciante
A partir de 1850, a campanha abolicionista se intensifica e após a Guerra do Paraguai (1864-1870), o movimento republicano ganha força no país e em 1870, é criado o Partido Republicano. As idéias do liberalismo e da democracia ganham mais espaço. A monarquia entra em decadência e 1888 (mesmo ano da publicação do romance O Ateneu) vigora a Leia Áurea, que cria uma nova realidade: o fim da mão-de-obra escrava, substituída por mão-de-obra assalariada dos imigrantes europeus.
A indústria se desenvolve cada vez mais, ao mesmo tempo em que a ciência se evolui e passa a ter uma importância fundamental para a explicação do mundo físico a partir da experimentação e observação da realidade. O Capitalismo se fortalece e o crescimento a população urbana, a desigualdade econômica e o surgimento do proletariado provocam profundas transformações econômicas, políticas, sociais e culturais a partir da segunda metade do Séc. XIX.
É nesse contexto que Raul Pompeia realiza a sua obra-prima O Ateneu. Uma época em que os colégios, instituições de ensino das elites, eram rigorosos e valorizavam quem tinha mais poder aquisitivo. O Ateneu era um internato freqüentado pela elite brasileira, no Rio de Janeiro, durante a segunda metade do século XIX.
O contexto literário
O Contexto literário está fortemente ligado ao contexto histórico político-social da época. Na segunda metade do século XIX, os movimentos que mais marcaram época foram o Naturalismo e o Realismo, embora o Parnasianismo, o Simbolismo, bem como o Impressionismo e o Expressionismo também tenham contribuído significativamente nas transformações literárias deste século e que culminam com o Modernismo.
Em O Ateneu, pode ser encontrado várias estilos literários. Coutinho (2004, p?) considera Pompéia um escritor impermeável a classificações literárias: “Parnasiano? Realista? Naturalista? Psicologista? Impressionista? As diferentes classificações que lhe tem sido atribuídas são um índice