iniciando
A indignação mantém seu ímpeto quando se derrama sobre as interpretações da História acerca das origens do sistema internacional atual, sobre a utilização devastadora dos recursos naturais que se exaurem, sobre a ação imperialista norte-americana contra o Iraque atrás do petróleo, um recurso natural escasso, sobre as populações da Amazônia, cuja sorte o multilateralismo regional não favorece. A indignação vai se amainando quando se analisa o pensamento latino-americano aplicado às relações internacionais e, enfim, a transição da globalização eurocêntrica para a bipolar no período que se estende entre as duas guerras mundiais. Os intelectuais que escrevem o fazem, em geral, na primeira pessoa, querendo significar discordância e autoridade. Posicionam-se distantes dos cânones do conhecimento disponível, de uma vasta e erudita literatura mundial que, aliás, dominam e manipulam com desenvoltura. O livro organizado pelo professor de relações internacionais da Universidade de Brasília desperta