Infraestrutura
Em 2007, o Banco Mundial criou um sistema que avalia o desempenho logístico de 160 países no mundo todo. São avaliados vários fatores para chegar ao ranking final – qualidade da infraestrutura de transporte, de serviços e a eficiência dos processos de liberação nas alfândegas, rastreamento de cargas, cumprimento dos prazos das entregas e facilidade de encontrar fretes com preços competitivos.
Desde que o sistema foi criado, o Brasil vem ocupando posições variadas, como mostra a tabela a seguir:
Ano Colocação
2007 61º
2010 45º
2012 41º
2014 65º
Em 2014 o Brasil atingiu sua pior colocação. Segundo Paulo Fleury, diretor geral do Instituto de Logística e Supply Chain, o resultado é desastroso para o país. “A hora da verdade chegou: o Brasil investiu bilhões em obras de infraestrutura que, por problemas de gestão, não foram terminadas, e está ai o resultado.”
Fleury atribui as oscilações às mudanças nos cronogramas das obras. "Quando a primeira pesquisa foi realizada, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) havia acabado de ser lançado e a expectativa de melhora empurrou o indicador para cima por um tempo. Como as obras não saem do papel, mas a demanda por transporte aumenta, estrangulando o sistema, a frustração só fez aumentar e nem as concessões no ano passado conseguiram melhorar os ânimos."
O Banco Mundial também divulga a classificação dos países em seis itens específicos na área de logística e transportes, usados em conjunto para determinar a classificação geral. A tabela abaixo mostra três itens que pioraram de forma drástica:
2010 2014
Qualidade e competência logística 34º 50º
Serviço alfandegário e aduaneiro 82º 94º
Rastreamento e monitoração 36º 62º
Para reverter essa situação e sem nem concluir as obras do primeiro, a Presidente Dilma Rousseff anunciou o lançamento do PAC 3, e irá incluir no programa uma obra do contorno ferroviário de 40 quilômetros em 3 cidades, adaptação de rodovias e