Informática
Manuel Coelho era coronel e viveu vários anos em Angola como exilado politico republicano de 1891 a 1896.
O mérito deste primeiro Governador - Geral da era pós monarquia, foi a tentativa de acabar com o trabalho forçado em Angola, nesse sentido, em 1911 deportou 11 portugueses acusados desse crime! Mas este governador acabou por desistir de lutar por uma Angola mais justa e humana, acabou por se demitir em Março de 1912. Mas não foi só o Governador- -Geral a vitima dos poderosos comerciantes colonos aliados e protegidos por um vasto número de empresários/politicos influentes de Lisboa, nesse sentido, Carvalhal Henriques, Governador de Moçamedes (actual Namibe) que se tornara conhecido por se opor ao trabalho forçado foi demitido.
Importa salientar que o trabalho forçado tinha sido instituido no regulamento de 1878 e saído mais reforçado ainda no Regulamento de 1899.
Mas, a verdade é que a República nada trouxe de novo! Em 1911 foi aprovado um regulamento que mais não era que uma cópia da lei de 1899.
A legislação repúblicana decretava que todos os africanos, excepto os «civilizados», tinham a obrigação de trabalhar durante um período de tempo determinado por cada ano.
Este tipo de trabalho só foi abolido em 1921 pelo alto-comissário Norton de Matos. Mas, apesar de uma legislação bem-intencionada, as práticas laborais continuaram praticamente iguais (até anos 60) ao que eram antes.
Com as obras: «Portuguese Slavery: Britain´s Dilemma, de John Harris (Londres, 1913), e Report on Employment of Native Labour in Portuguese Africa, de Edward A. Ross (Nova Iorque, 1925), fica claro que o trabalho forçado sob o regime republicano era tão mão ou pior do que no período mais decadente da monarquia de Bragança.
Fonte: René Pélissier & Douglas Wheeler
Publicada por Jorge Kalukembe em 11:11 1 comentário:
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011
Investimento na educação é sine qua non de desenvolvimento.