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FUNDAMENTOS
EPISTEMOLÓGICOS PARA O
ESTUDO DO MEIO AMBIENTE t~L", , ri,v'tl'"
Num primeiro momento, os estudos sobre a terná-1 tica ambienta) emergiram num plano bastante técnico e só aos poucos se foi afirmando a necessidade de aprofun- dar a reflexão metodológica e epistemológica. As carên- cias são muitas e seria impossível nesta mesa-redonda sequer enunciá-Ias de forma exaustiva. Assim, me limita- rei a comentar alguns aspectos do tema com base funda- mentalmente nos debates que tenho acompanhado nos seminários nacionais sobre universidade e meio ambiente,
O primeiro ponto é exatamente o resgate da cen- trai idade e da[fmportância da epistemologia no trabalho cientfficQ] O avanço em qualquer área do conhecimento demanda um acompanhamento epistemológico constan- te. Alguns pensam, erroneamente, que ela atuaria apenas
I na montagem de uma investigação e depois sairia de campo. Todavia, não é isso que ocorre, pois, a todo mo- mento, o trabalho científico requer uma atuação de cu- nho epistemológico, não apenas no momento inicial de circunscrever o campo de pesquisa, de desenhar um ob-
I' jetivo teórico para a investigação, de definir uma meta
\ \ a que se quer chegar com aquela labuta ernpfrica, Tal
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~'~--'"'roblematização de cunho éti0 a qual colocamos como dimensão limite dOa campo epistemológico - o ~estionamento moral do trabalho científiCQ](l1o sentido da "teoria crítica").
A importância dessa dimensão se impõe pela con- juntura atual vivenciada pelas universidades no trato da temática ambienta\. O advento daLPolítica ambiental es- tat~c, notadamente, a obrigatoriedade da elaboração
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'1 'v Y' I~l Mj\ dos -Ri~ para os grandes projetos, acelerou e desen- volveu a pesquisa ambiental nas universidades brasilei-
~ raso A novidade e a velocidade desse processo levaram