Influência dos factores psicossociais de risco no EAM
Moreira Castanheira J.
Departamento de Ciências Imagiológicas e Biosinais,
Sector de Cardiopneumologia, Escola Superior de
Tecnologia da Saúde de Coimbra, Coimbra, Portugal, Brasil.
Introdução: Dada a elevada prevalência das doenças cardiovasculares, vários estudos clínicos e experimentais responsabilizaram situações como a emoção, a depressão, a ansiedade, os conflitos psicossociais e o tipo de padrão comportamental (PC), por participarem na sua génese.
Objectivos: Investigar a influência do tipo de PC, dos acontecimentos de vida (AV) e do apoio social (AS) na génese do EM em indivíduos do sexo M.
Material e Métodos: Amostra: 58 doentes e 55 controlos.
Administração de 3 questionários: Type A Personality Test, Escala de AS e Inventário de Experiências Vitais.
Resultados: Não se verificou correlação entre o número de AV negativos e a extensão do EM.
O PC tipo A (PCTA), não foi confirmado como factor de risco para doença coronária, embora nos indivíduos com EM precoce este fosse o padrão prevalente. Os indivíduos com PCTA também não tiveram maior número de factores de risco biológico para doença coronária.
Houve relação entre os AV e a ocorrência de EM para os valores de Mudança Negativa,
Mudança Positiva, Mudança Total, número total de Acontecimentos Negativos
Assinalados e número total de Acontecimentos Assinalados, embora para o número total de Acontecimentos Positivos Assinalados o valor de p seja apenas tendencialmente significativo. Nas três componentes do tipo de AS estudadas: Apoio Informativo, Apoio Emocional,
Apoio Instrumental e Apoio Total, não se verificou correlação com o EM.
Discussão e conclusões: O PCTA foi mais prevalente apenas nos doentes com EM precoce, tendo estes registado antes da sua ocorrência, mais AV negativos e mais AV totais que os controlos. Há também mais AV com carga negativa nos doentes que nos controlos, traduzindo-se numa