Influência do espaçamento de plantas na qualidade de frutos de pitangueira
LETICIA VANNI FERREIRA1; GISELY CORREA DE MOURA1; LUCIANO PICOLOTTO,2, CARINE COCCO1, GERSON VIGNOLO1, LUIS EDUARDO CORREA ANTUNES3
INTRODUÇÃO No Sul do Brasil existe uma grande diversidade de frutíferas nativas, dentre as quais se destacam a pitangueira (RASEIRA, et al., 2004). A pitangueira (Eugenia uniflora L.) é uma fruteira nativa pertencente à família Mirtácea que apresenta grande potencial para exploração econômica (SOUZA et al., 2007). Esta frutífera é uma espécie amplamente distribuída no Brasil, ocorrendo desde o Ceará até o Rio Grande do Sul. Algumas formas silvestres são também encontradas na Argentina e no Uruguai (RASEIRA et al., 2004). Esta Myrtaceae cresce em regiões de clima tropical e subtropical, seu fruto é muito valorizado, caracteriza-se por apresentar uma média de 77% de polpa e 23% de semente e de acordo com Donadio (2007) é do tipo baga, globoso, deprimido nos pólos, com 7 a 10 sulcos, no sentido longitudinal, medindo 1,75 cm de diâmetro, 1,40 cm de altura, peso entre 3 e 4,8 g. É rica em cálcio, fósforo, antocianinas, flavonóides, carotenóides e vitaminas C, indicando seu elevado poder antioxidante (SILVA, 2006). A exploração comercial se dá principalmente, na forma de polpa congelada (BEZERRA et al., 2004). As características climáticas e exposição da planta e frutos à insolação podem influenciar no crescimento e qualidade do fruto (RASEIRA et al., 2004). No entanto, para a pitangueira o manejo agronômico nas condições do Sul do Rio Grande do Sul ainda é pouco conhecido. A melhoria da insolação no interior da planta pode ser conseguida por técnicas como poda e modificação do espaçamento de plantio. O espaçamento adequado depende do vigor das plantas e deve ser definido na implantação do pomar. Desta forma a escolha de um espaçamento de plantio pode afetar de forma direta a qualidade e também a quantidade de frutos, já que em altas densidades