Influência de Thomas Malthus na economia.
A formação acadêmica de Malthus incluiu estudos de Matemática, Latim e Grego na Universidade de Cambridge. Paralelamente, tornou-se sacerdote da Igreja Anglicana, cujos preceitos morais acabariam por influenciá-lo decisivamente na elaboração da obra “Ensaio Sobre a População”, de 1798, em particular sua visão pessimista de mundo.
Além da influência de sua formação religiosa, o pessimismo de Malthus foi, também, possivelmente, fortemente influenciado pelas consequências negativas da Revolução Industrial em marcha na Inglaterra de sua época, como êxodo rural, grande jornada de trabalho (inclusive de crianças), desemprego crescente, queda de salários reais, condições urbanas degradantes e grande miséria, principalmente na periferia de grandes cidades como Londres e Manchester e que influenciaram também Karl Marx em sua análise crítica do Capitalismo.
Para Malthus “a ciência da Economia Política é essencialmente prática e aplicável a todas as questões básicas da vida humana” (Thomas Malthus, Ensaio Sobre a população, 1798, publicado como Os Economistas, 1996, Nova Cultural, Ensaio Sobre a População, p.27).
Mesmo sendo seu discípulo, Malthus tinha algumas discordâncias do grande economista clássico Adam Smith: “Adam Smith afirmava que os capitais aumentam mediante a parcimônia; que todo homem frugal é um benfeitor público e que o aumento da riqueza depende do excesso da produção sobre o consumo. Nenhum aumento considerável e contínuo da riqueza seria possível sem aquele grau de frugalidade que ocasiona, anualmente, a conversão de rendimentos em capital e que gera um excesso de produção sobre o consumo. Mas é bastante óbvio que essas proposições não são ilimitadamente verdadeiras e que o princípio da poupança, levado a extremos, destruiria a motivação para produzir”.
Malthus, primeiro professor de economia política, lecionou História Moderna e Política Econômica e desenvolveu alguns conceitos e ideias econômicas posteriormente retomados