: Influência da moral clássica grega
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1- O CONCEITO DE VIRTUDE EM ARISTÓTELES E A SABEDORIA PRÁTICA: Por virtude, Aristóteles compreende uma prática. A virtude não é, portanto, natureza; e não haveria um aprendizado suficientemente eficaz para garantir a ação virtuosa. A virtude, contudo, seria a forma mais plena da excelência moral; e, por tal razão, não poderia existir em seres incompletos ainda em formação, como as crianças. Segundo Aristóteles a virtude se torna um hábito por que desejamos sempre aquilo que está ao nosso alcance. Portanto, somos responsáveis por praticar tanto os atos nobres como os atos vis. Do mesmo modo seremos responsáveis pelos atos virtuosos ou viciosos. Aristóteles conceitua as virtudes dividindo-as em duas: as intelectuais e as virtudes morais, sendo que a primeira a (virtude dianoética) que nasce e progride graças aos resultados da aprendizagem, isto é da educação. Segundo Aristóteles o homem que age de acordo com o princípio intelectivo vai solidificando o hábito de agir sempre de modo correto sem pender para os excessos ou as faltas que, segundo ele, são os vícios. Este, se mantém firme no justo meio (meio termo). A virtude moral é uma virtude ética adquirida pelo hábito. A educação é o modo correto de adquiri-lo, daí a necessidade de praticar ações conforme a virtude e por escolha voluntária por toda a vida e não somente em alguns momentos.
2 - O DUALISMO PLATÔNICO E O ANTAGONISMO ENTRE O CORPO E A ALMA RACIONAL: O dualismo platônico - Platão luta contra a idéia, amplamente difundida em sua época, de que com a morte a alma e o corpo morreriam. Para ele a morte é a libertação da alma, que se separa do corpo e assim se toma pura. A alma é invisível, divina e imortal, enquanto o corpo é visível, humano e mortal. Ele é apenas habitação para a alma preexistente. O realismo de Aristóteles procura restabelecer essa coerência sem abandonar o mundo sensível: explora a experiência, e nela mesma insere o dualismo entre o inteligível e o sensível. O projeto de