Influência da condição corporal na eficiência reprodutiva das ovelhas
Por CIRILO - Clayton Quirino Mendes (MyPoint Pro) , Marlon Richard Hilário da Silva (MyPoint) e Rafael Cedric Möller Meneghini (MyPoint)
Para obter índices reprodutivos satisfatórios é necessário avaliar as matrizes do rebanho quanto aos seus estados nutricional, reprodutivo e sanitário. A condição nutricional das matrizes influencia diretamente os demais, uma vez que animais bem nutridos apresentam maior imunidade e resistência a diversas enfermidades, possuem maior capacidade de expressar o potencial genético e incrementar os índices reprodutivos. Além disso, desbalanceamentos nutricionais podem provocar desordens metabólicas levando as ovelhas a falhas reprodutivas na estação de monta e durante a gestação, resultando em baixo desempenho reprodutivo e impactos negativos sobre a produtividade e lucratividade da criação.
Do ponto de visto prático, a avaliação do escore da condição corporal (ECC) das matrizes antes e durante a estação de monta e no final da gestação possibilita ajustes na nutrição e a obtenção de melhores resultados reprodutivos e econômicos. Tanto animais desnutridos quanto extremamente obesos podem apresentar falhas reprodutivas ao longo da estação de monta ou da gestação. De acordo com Ribeiro et al. (2003) as perdas reprodutivas que ocorrem em rebanhos ovinos no estado do Rio Grande do Sul devido a infertilidade são relacionados com o baixo ECC no momento do encarneiramento.
O peso corporal em ovinos é visto como uma medida indireta e pouco eficaz para se avaliar o estado nutricional. Com isso, a avaliação do escore da condição corporal coloca-se como um método simples e eficaz para avaliar o estado nutricional do rebanho. Ducker & Boyd (1977) observaram que ovelhas de pequeno porte e com alto ECC tiveram maior taxa de ovulação do que ovelhas maiores com baixo ECC. Gunn et al. (1984) sugeriram escore de condição corporal médio de 2,5 (escala de 1 a 5) para se