Influenza a h1n1
Uma epidemia de gripe inicia-se no México em março de 2009 e em pouco tempo se alastra por vários países distribuídos pelo mundo inteiro, alertando as autoridades competentes para o risco de uma possível pandemia e gerando questionamentos sobre aspectos éticos, legais e sociais envolvidos. Abordaremos alguns dos principais assuntos envolvendo o novo vírus, as drogas utilizadas no tratamento, possíveis origens do vírus e a polêmica das indústrias farmacêuticas envolvidas.
O novo vírus
Todos os anos, geralmente nas estações mais frias, certos vírus encontram as condições perfeitas para desenvolver surtos de gripe. Os surtos de gripes sazonais (gripe comum), não é necessariamente uma novidade. A cada ano o vírus da gripe “normal” volta modificado e daí decorre a própria dificuldade de serem desenvolvidos vacinas ou medicamentos específicos. Sabe-se que anualmente, cerca de 300 mil pessoas são vítimas dessa gripe, (não especificamente pelo vírus, mas pela fraqueza orgânica das pessoas) e mesmo assim ela não gera grandes debates, muito menos recebe a atenção total da mídia. Porém, quando se trata de um vírus que julgam ser mais assustador – como o da suína atualmente e o da aviária – a mídia e as autoridades sanitárias se “vestem” com uma espetacular preocupação (preocupação essa, que por ironia lhes trazem um lucro incalculável). Seja como for, os noticiários foram invadidos e “dominados” com o novo vírus, tornando-se o tema cotidiano de todos os meios de comunicação. O vírus da gripe suína também é mutante, só que ele é fruto de modificações de natureza mais radical: ele sofreu modificações muito profundas no seu genoma – recombinações genéticas - o que o torna potencialmente perigoso e imprevisível se comparado com o mutante da gripe comum. Pesquisas revelaram que o vírus causador da gripe atualmente descrita, contém genes dos vírus influenza A humano, suíno e aviário, e caracteriza-se por uma combinação de genes que não haviam sido ainda