Influenza A H1n1 e Subtipos

Fábricas de Gripe
1. INTRODUÇÃO

Os vírus são conhecidos agentes infecciosos causadores de doenças em humanos, animais e plantas. São parasitas intracelulares obrigatórios com diâmetro de 18 a 300 nanômetros. Entre as doenças disseminadas por eles, destaca-se a Influenza, que é causada por patógenos do gênero Influenzavirus A, altamente infecciosos das vias respiratórias; estes são pertencentes a família Orthomyxoviridae, contendo um genoma de oito segmentos de RNA fita simples que codifica para uma ou duas proteínas. Baseados na antigenicidade, capacidade de estimular a produção de anticorpos, de suas moléculas de hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA), eles podem ser classificados em dezesseis subtipos de HA (H1-H16) e nove de NA (N1-N9). A proteína de membrana hemaglutinina é responsável pela ligação aos receptores da célula alvo, permitindo assim a fusão das membranas virais e endossomais na célula hospedeira. Enquanto que, a neuraminidase é responsável pelo desligamento da partícula viral da superfície celular.
Os vírus da Influenza A geram recorrentes epidemias e pandemias globais. As últimas são tipicamente causadas pela introdução de um vírus com um novo subtipo de hemaglutinina para as populações humanas. Isso é resultante da ação de dois mecanismos que não são mutuamente exclusivos: o rearranjo e a transmissão interespécies. As aves são suscetíveis a todos os subtipos de Influenza A, desse modo, novos vírus podem emergir das aves e infectar outras espécies de mamíferos, incluindo o homem. Pelo fato dos suínos serem, também, suscetíveis a infecções tanto de origem aviária quanto humana, novos vírus recombinados podem ser gerados por rearranjos de vários segmentos virais quando estes estão contaminados por mais de uma classe deles ao mesmo tempo.
Os porcos não manifestam os graves sintomas da Influenza A, por isso esses não são tidos como uma grande ameaça pelos proprietários, dificultando assim a fiscalização e as medidas de controle pelos órgãos