Influencia da Mídia nas escolas
Segundo os conceitos estabelecidos e repassados pela mídia à sociedade, o que se observa é que a proposta é a seguinte: para ter saúde, precisa-se estar em forma e, de acordo com essa linha de raciocínio, um corpo esbelto parece atestar, necessariamente, boa saúde; destacando que a estética pode ser melhorada com a cirurgia plástica, dieta e/ou a atividade física, e isso levará o indivíduo à satisfação pessoal. O que é dito em frases e palavras aparentemente descomprometidas, expressa algo que está longe de serem palavras diretas ou lineares.
A má compreensão dos sentidos/significados das temáticas sobre saúde e estética já fora apontada por Figueira (2004), como característica recorrente nos discursos da revista Capricho. Segundo a autora, a revista demonstra, acima de tudo, a quase que inexistente fronteira delimitada a separar as representações sociais dos corpos considerados belos, de um corpo considerado saudável. Em suma, a saúde e a beleza são apresentadas basicamente como sinônimos.
A política de saúde pública daqueles tempos tornou-se responsável por difundir os produtos de higiene e limpeza; a publicidade não tardou a associar higiene ao estético. A revista Veja apresentou apenas em duas capas, questões ligadas à saúde; não escapando do apelo mal disfarçado à sensualidade: ambas traziam fotos de corpos femininos seminus. A maneira com que se mostram os contornos corporais bonitos parece atestar uma boa condição dos que se submeteram às recomendações do discurso midiático sobre saúde, como já havia sido observado. O aspecto mais comum dessas capas é que os rostos dos modelos não aparecem; logo, demonstra-se que a individualidade/identidade da pessoa na foto, que é marcada também no rosto, não obtém tanta importância dentro deste contexto. O que realmente tem significado são os contornos deste corpo que caracteristicamente são indicados e cobiçados a