Inflexão ESF
Antes da implantação da ESF, o modelo assistencial predominante no sistema de saúde brasileiro como um todo era representado pelo modelo hospitalocêntrico. As ações de saúde estavam voltadas somente para a cura de doenças.
As estratégias de saúde propostas pelo governo não visavam o bem-estar da população. As políticas de saúde no Brasil refletiam o momento vivido, a economia vigente e as classes dominadoras. “Durante a Primeira República, as metas eram o saneamento de portos e núcleos urbanos, no intuito de manter condições sanitárias mínimas para implementar as relações comerciais com o exterior.” (ROSA, et. al, 2005).
A implantação da ESF, oficialmente em 1994, trouxe uma mudança no fazer em saúde. Por trabalhar em parceria com a comunidade e destacar a saúde da família, a ESF determina a fragilização das ações preventivas e promoção à saúde, uma vez que trabalha com a busca ativa.
“As principais mudanças verificadas no processo de produção dos serviços de saúde com a implantação do PSF, no contexto da atenção básica, foram: a adscrição e vínculos com a comunidade; acolhimento e humanização do atendimento; diminuição das internações hospitalares; fortalecimento da prevenção de agravos e promoção da saúde; melhoria dos indicadores de saúde; enfim, ações que sinalizam para a realização dos princípios da integralidade, equidade e universalidade, conforme preconiza o Sistema único de Saúde (SUS).”