INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Penna ST, Barros AGVM. Sistematização da Assistência de Enfermagem no Infarto Agudo do Miocárdio. Rev Bras Cardiol Invas 2003;
11(4): 67-69.
Artigo Especial
Sistematização da Assistência de Enfermagem no Infarto Agudo do Miocárdio
Solange Teitelroit Penna1, Ana Gabriela Villa Maior de Barros1
A
pesar dos importantes benefícios dos fibrinolíticos no tratamento de pacientes pós-infarto agudo do miocárdio, este tipo de terapia tem limitações conhecidas, como descrito por Mattos et al.1.
Com o objetivo de melhorar a estratégia de tratamento da doença coronariana aguda e reduzir o número de complicações com a terapia trombolítica surge a angioplastia primária e o emprego de stents, com resultados favoráveis já demonstrados por vários autores como Zijlstra et al.2, Rinfret S et al.3, no estudo PAMI, e Hochman et al.4, no SHOCK.
A experiência do médico cardiologista intervencionista, de toda a equipe de enfermagem e radiologia é um fator fundamental para o resultado obtido. A prestação de cuidados de enfermagem de maneira intuitiva e empírica dificulta o estabelecimento de parâmetros e controles que possam contribuir para o desenvolvimento da assistência de enfermagem. A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) no infarto agudo do miocárdio foi um instrumento criado e implementado para se conhecer, padronizar e medir o cuidado prestado pela enfermagem, identificando e monitorando a variabilidade que possa impactar no paciente, na equipe e na instituição.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
No nosso hospital, os enfermeiros da Unidade de
Emergência, Laboratório de Intervenção Cardiovascular
(hemodinâmica) e Unidade Coronária criaram e implementaram a SAE no infarto agudo do miocárdio, conforme Figura 1.
A proposta da criação da SAE foi recomendar as boas práticas de enfermagem elaboradas de forma sistemática, para auxiliar os profissionais sobre quais são os cuidados mais apropriados na