infancia como construção social
O autor Manuel Pinto faz uma compilação de estudos e vertentes sobre a infância e aborda sociologicamente, destacando a importância desta fase da vida como uma dimensão de construção social. Alguns autores contribuem com o que a criança construiu e outros com o que ela poderá construir.
A pesquisa de Philippe Ariès em “A Criança e a Vida Familiar no Antigo Regime” além de ser um documento base para outros estudos, comprova que não havia negligência com as crianças, pois a falta de afeição não se comparava com a concepção de infância. Inclusive pode-se ressaltar a valorização da educação resultado da criação da imprensa e o interesse pela alfabetização. Preocupa-se também com a responsabilidade da sociedade com os direitos e deveres das crianças durante o período da filosofia das luzes. Em contrapartida Lloyde de Mause apresenta em seus trabalhos que quanto mais antiga for a pesquisa, mais encontraremos casos de “morte, abandono, violência, terror e abuso sexual sobre as crianças” e através de sua “teoria psicogenética da história” explica que os pais retrocedem ao longo dos tempos a idade psíquica dos filhos procurando viver uma melhor experiência do que a anterior.
No tópico de evolução das ideias sobre a infância trata-se das concepções de John Locke e Jean Jacques Rousseau. Locke sobre a criança como tabula rasa no sentido de folha em branco onde não há características próprias da criança e que os pais são os responsáveis por esta educação e escrita da história. Rosseau com suas contribuições de fragilidade da criança como “um ser bom e puro”, em seu livro Emilio exemplifica qual o papel dos pais orientadores como ajudadores de seus filhos à encontrar respostas. Ambos referem-se a presença e função dos pais neste caminhar. Sigmund Freud se opõe a este significado de infância revelando que a criança possui “impulsos instintivos e de capacidades de