Inerrância da bíblia
Fonte: GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Edições Vida Nova, 1ª Ed., 1999.
A Inerrância da Bíblia
O significado de inerrância
Não vamos repetir aqui os argumentos a respeito da autoridade das Escrituras apresentados no item 3.2. Afirmou-se ali que todas as palavras na Bíblia são palavras de Deus e que, portanto, não crer em alguma palavra das Escrituras ou não obedecer a ela é não crer em Deus ou desobedecer a ele. Afirmou-se ainda que a Bíblia ensina claramente que Deus não pode mentir nem falar com falsidade (2Sm 7.28; Tt 1.2; Hb 6.18). Assim, todas as palavras nas Escrituras são declaradas completamente verdadeiras e destituídas de erros, qualquer que seja o trecho (Nm 23.19; Sl 12.6; 119.89, 96; Pv 30.5; Mt 24.35). As palavras de Deus são, de fato, o padrão máximo da verdade (Jo 17.17). A seção anterior tratou a respeito da veracidade da Escritura. Um componente importante desse tópico é a inerrância da Escritura. Essa questão é de grande importância no mundo evangélico hoje porque em muitos círculos a veracidade da Escritura tem sido questionada ou mesmo abandonada. Com a evidência dada acima a respeito da veracidade da Escritura, estamos agora na posição de definir a inerrância bíblica: A inerrância da Escritura significa que a Escritura, nos seus manuscritos originais, não afirma nada que seja contrário ao fato. Essa definição enfoca a questão da veracidade e da falsidade na linguagem da Escritura. A definição em termos simples significa apenas que a Bíblia sempre diz a verdade e que ela sempre diz a verdade a respeito de cada coisa a que se refere. Essa definição não significa que a Bíblia nos diz cada fato que há para conhecer a respeito de um assunto, mas afirma que o que ela diz a respeito de um assunto é verdadeiro. É importante perceber no começo desta discussão que o foco desta controvérsia é sobre a questão da veracidade na linguagem. Deve-se reconhecer que a