Indústria cultural e globalização
Indústria Cultural
A indústria cultural é o setor econômico que usa a lógica capitalista na produção e comercialização de bens e serviços artísticos, de informação e de entretenimento. No livro "A Dialética do Esclarecimento" (1940) Max Horkheimer e Theodor Adorno criaram essa expressão ao referirem-se à produção da cultura de massa. Diferente da cultura popular – aquela produzida pelo povo e para p povo – a indústria cultural submete a arte à condição de mercadoria.
Adorno afirma que a indústria cultural faz o consumidor acreditar que ele é o soberano, o sujeito dessa indústria, contudo na verdade o consumidor é o objeto. Ela se apresenta como progresso, continuamente novo, contudo é sempre igual. Assim é que todos acabam aceitando o mundo como é, preparado pela indústria cultural. O objetivo último da indústria cultural é a dependência e o servilismo dos homens.
O cinema, o rádio e as revistas constituem um sistema. Cada setor é coerente em si mesmo e todos o são em conjunto. Hoje no Brasil constatamos que os proprietários das grandes redes de televisão são os mesmos das revistas de maior circulação, de jornais e estações de rádio de maior respaldo nacional e/ou mundial. Dessa forma a mesma notícia acaba sendo veiculada a todas as camadas sociais com a ideologia do órgão vinculante e todos acabam acreditando naquilo que está sendo dito, e, consequentemente, aceitando modos de vida como naturais. E nós, na condição de consumidores, temos acesso aos mais diversos veículos de comunicação, a vários canais, porém, todos iguais, similares uns aos outros.
A decadência da alta cultura
No passado a experiência do público com a obra de arte era única e condicionada pelo que Walter Benjamim chamou de aura, isto é, pela distância e reverência que cada obra de arte, na medida em que é única, impõe ao observador.
Com o aparecimento e desenvolvimento de outras formas de arte, (começando pela fotografia), em que deixa de fazer