Indução e indutância
A eletricidade sempre fez parte da vida das pessoas, mesmo antes da invenção dos aparelhos elétricos. Afinal, sempre existiram os relâmpagos - que são descargas elétricas - e não podemos nos esquecer de que o funcionamento do nosso próprio corpo depende de impulsos elétricos gerados no cérebro. Mas esses fatos, hoje bastante conhecidos, não são evidentes por si mesmos. (por exemplo, a descoberta da natureza elétrica do relâmpago foi a menos de trezentos anos), e por isso muita coisa teve de acontecer antes que o ser humano pudesse contar com os recursos que agora tem. O registro mais antigo que se tem da manipulação da eletricidade pelo ser humano refere-se às experiências feitas no século VI a. C. pelo filósofo grego Tales de Mileto, que esfregava pedaços de âmbar (um tipo de resina fóssil, proveniente da seiva segregada por algumas árvores) em pele de carneiro ou tecidos secos, e depois observava a atração que esse âmbar exercia sobre pedacinhos de palha e outros objetos pequenos e leves. Sabe- se que nessa época tanto gregos como chineses já conheciam o magnetismo, por meio de certas pedras (magnetitas) que eram capazes de atrair alguns objetos metálicos. Não se tinha explicação para esses fenômenos, e por isso surgiam hipóteses como a produção de "humor" (uma espécie de líquido invisível) no âmbar atritado, que provocaria nos pedacinhos de palha o desejo de se aproximarem (para "beber" o humor). Outra hipótese era a existência de "alma" nas pedras magnéticas, a qual "aspirava" os metais. Ninguém, contudo, saberia explicar o que eram esses "humores", e que espécie de "alma" magnética era essa, que tinha fome de metais. Agora temos luz elétrica, rádio, televisão, automóvel, telefone, computador, etc. Estamos tão acostumados com tudo isso que temos a impressão de que o mundo sempre foi assim, e nunca paramos para pensar como teria sido a vida antigamente. Porém faz apenas cem anos que a humanidade começou a usar a eletricidade. Portanto o estudo da