Industrialização e política econômica
A ação do Estado foi decisiva para impulsionar e diversificar os investimentos no parque industrial do país, combatendo os principais obstáculos ao crescimento econômico. Além de fornecer os bens de produção e os serviços de que os industriais privados necessitavam em suas indústrias de bens de consumo, o Estado cobrava por tudo isso preços mais baixos que aqueles que seriam cobrados pelas empresas privadas, nacionais e estrangeiras. Essa medida visava ao fortalecimento do parque industrial brasileiro. Era uma política fortemente nacionalista.
Embora a expressão “substituição de importações” possa ser utilizada desde que a primeira fábrica foi instalada no país, permitindo substituir a importação de determinado produto, foi o governo de Getúlio Vargas (1930-1945) que iniciou a adoção de medidas fiscais e cambiais que caracterizaram uma política industrial voltada à produção interna de mercadorias que até então eram importadas.
As duas principais medidas adotadas foram a desvalorização da moeda nacional em relação ao dólar, o que tornava o produto importado mais caro, e a implantação de leis e tributos que restringiam, e às vezes proibiam, a importação de bens de consumo e de produção que pudessem ser fabricados internamente.
Com a saída de Vargas em 1945, no ano seguinte assumiu a presidência o general Eurico Gaspar Dutra, que instituiu o Plano Salte, destinando investimentos aos setores de saúde, alimentação, transportes, energia e educação. Até 1950, quando terminou seu mandato, o Brasil passou por grande incremento da capacidade produtiva.
Ao