Industria cultural
Chegamos ao instituto e tivemos uma conversa com a sua presidente, Mercedes Guimarães, que nos contou a respeito do valor histórico daquela região. Mas iremos nos prender numa história mais recente, no início do século XX, ao qual naquela região começou um grande êxodo de nordestinos, principalmente de baianos. Esses baianos que com misturas culturas locais chegariam ao samba que nós temos hoje, como em relatos que escutamos: “depois de qualquer boa macumba, tinha que ter um batuque”. E nessa região foi se desenvolvendo esse ritmo, chegamos a falar por telefone com a neta de Tia Ciata, que seria umas dessas baianas, vindo para aquela região e contribuído muito para esse movimento. Sua casa servia para reuniões e festejos, era mãe de santo e muito respeitada não só na região, mas também muito bem falada pelo Rio de Janeiro.
Esses moradores mais antigos falaram de como são difíceis eles tentarem manter viva essa cultura, adquirida por conta de uma região que ficou abandonada. Muitos nordestinos atualmente invadiram casarões e residências, e acabam que descaracterizando o local não levando em conta o valor histórico e cultural que aquela região tem.
Para manterem essa cultura do samba viva, eles se reúnem aos finais de semana para partilhar comida, vivências semanais, discutem políticas internas e fazem seus batuques. Existe também uma roda de samba que acontece uma vez por mês com o repertório só de sambas “inéditos”. Já sobre a típica roda da Pedra do Sal que acontece às segundas-feiras, resiste a mais de seis anos, são jovens sambistas que sabendo do valor que havia aquele local resolveram