Industria cultural segundo adorno e horkheimer
O termo indústria cultural foi criado por Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer Ao fazerem a análise da atuação dos meios de comunicação de massa (MDCM), esses autores concluíram que eles funcionavam como uma verdadeira indústria de produtos culturais.
Segundo os dois autores, a indústria cultural pretendia integrar os consumidores das mercadorias culturais, agindo como uma ponte nociva entre a cultura popular e a erudita.
Ambos autores, vêem a indústria cultural como qualquer indústria, organizada em função de um público-massa, abstrato e homogeneizado, e baseado nos princípios do lucro.
Poderíamos pensar, a partir do que os autores indicam, que a indústria cultural venderia mercadorias culturais como pasta de dentes ou automóveis, e o público receberia esses produtos sem saber diferenciá-los ou sem questionar seu conteúdo.
Para adorno, a industria cultural tem como único objetivo a dependência e a alienação dos homens. Ao maquiar o mundo nos anúncios que veicula, ela caba seduzindo as massas para o consumo das mercadorias culturais, a fim de que elas se esqueçam da exploração que sofrem nas relações de produção. A indústria cultural estimularia, portanto, o imobilismo.
Marshall Mcluhan acreditava que ela poderia aproximar os homens, diminuindo as distâncias não apenas territoriais como sociais entre eles. O mundo iria transformar-se, então, numa espécie de “aldeia global”, expressão que acabou ficando clássica entre os teóricos da comunicação.
Segundo eles, a posição desses autores, ao dizerem que a indústria cultural banalizaria a cultura erudita valorizavam a cultura burguesa. E não apenas isso, seria também uma depreciação da cultura popular, que, segundo eles, ficaria ainda mais simplificada no âmbito da indústria cultural, e a própria capacidade crítica do povo, considerado mero consumidor de mercadorias culturais, produzidas