indisciplina discente
A Profissão docente passa por um momento delicado. Philippe Perrenoud, referência na sociologia da Educação, costuma afirmar que nunca foi tão difícil ser professor. Por um lado, cobra-se cada vez mais tarefas da instituição: ensino dos conteúdos reguladores, temas transversais, cidadania, ética, e por aí vai. Por isso, as condições de exercício da profissão estão cada vez mais difíceis.
Entre essas dificuldades, a indisciplina lidera a lista de queixas. Só quem sente na pele a questão no cotidiano tem a real dimensão de como o problema é desgastante.
A indisciplina gera muita polêmica, as causas são inúmeras e dificilmente se chega a uma conclusão. Nesse sentido, o primeiro passo a ser traçado é a realização de uma análise na raiz do problema, ou seja, na origem da questão, e a partir daí que se conhece os motivos que levam os indivíduos a se comportarem de forma indisciplinada. Antes de julgar o comportamento de alguns, é preciso verificar a realidade da escola, da família.
As manifestações de indisciplina, muitas vezes, podem ser vistas como uma forma de se mostrar para o mundo, mostrar sua existência, em muitos casos, o indivíduo tem somente a intenção de ser ouvido por alguém, então para muitos indisciplinados a rebeldia é uma forma de expressão.
Muitas escolas não oferecem espaços adequados para a prática de esportes. Diante disso, o espaço escolar fica limitado somente á sala de aula, como crianças e adolescentes, detêm muita energia, a falta de locais para gastar essa energia, conduz á indisciplina.
Outro aspecto de grande relevância, é a família. Problemas de diversas ordens podem acarretar na indisciplina escolar, talvez esse aluno conviva em um lar desestruturado, onde os pais não se respeitam e assim reproduzem o que presenciam em casa, na escola.
A indisciplina é o produto de uma sociedade, na qual os valores humanos tais como o respeito, o amor, a fraternidade, a valorização da família e diversos outros fatores foram