Indios Minuanos
Os índios minuanos, chamados de Guenoas pelos espanhóis, habitavam os campos do sul do Rio Grande do Sul, com nome derivando do vento minuano. Suas práticas foram fundamentais para a cultura gaúcha.
Sua pele era mais clara comparada a outros grupos da região, tendo suas mulheres seios maiores, narizes achatados e lábios e olhos acentuados, possuindo em média 1.74m.
Eram grupos de caçadores / coletores voltados à caça de animais silvestres; foram possivelmente os primeiros a utilizar boleadeiras na caça ao avestruz.
Sua sociedade era composta de associações de famílias, tendo suas decisões sacramentadas por um conselho de homens, conhecido como conselho de toldoaria.
Esse conselho participava dos rituais xamanicos dirigido as entidades da natureza, sendo a mais poderosa Gualiche. Rituais que envolviam o consumo de bebidas alcoólicas, como a chicha.
Entre os minuanos, as mulheres tinham maior igualdade perante os homens, podendo ser médicas, além de beber nas cerimonias ritualísticas.
Sendo sua sociedade poligâmica, seus filhos eram criados pelos pais até a idade de lactância, sendo depois responsabilidade de algum familiar.
Realizavam a autoflagelação para representar o número de inimigos mortos e para manifestar o luto, através da dor dos ferimentos.
Construíam seus toldos com fibras de junco revestidas de couro bovino, abrigando de 5 a 10 indivíduos. Fato importante é que ao contrário da maioria dos grupos indígenas, o momento de alimentação era algo individual e particular, com caças exclusivas a si mesmos.
Alguns minuanos utilizavam o Cayapi (capa para os homens e saia para as mulheres) nos períodos frios. Atualmente, os minuanos se miscigenaram aos charruas e outras populações locias para garantir sua sobrevivência.
Yuri Baccarin RA 1410395 GTI 2A