Indiana Jones
Considerado por muitos o homem mais importante de Hollywood, por sua influência – ou regimento – na nova lógica criativa-empresarial, Spielberg tem em seu cerne produtivo uma peculiaridade: o medo do desconhecido – ou estrangeiro. Por isso, a necessidade da volta para “casa”, que se altera de acordo com o filme, se caracterizando pela nação, família, ou no sentido literal da palavra, a própria casa.
Em seu filme, “ Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida “ , Spielberg reforça o grande símbolo cultural estadunidense, em seu personagem principal, dando a Indiana Jones grandes doses de bravura e heroísmo. Esse é construído sob a ótica de um cidadão estadunidense conservador, trabalhador, inteligente e sagaz, bem resolvido social e economicamente, e que por força maior é requisitado para uma missão ultrasecreta.
Adiante, Indiana abandona seu caráter de bom samaritano, para se revelar um grande aventureiro, heróico e desbravador, o qual tem por objetivo a “preservação histórica” da Arca – o elo de Deus com o Homem - , enquanto seus inimigos visam ao grande poder que esta possui, com o objetivo de usá-lo para fins de todo mal. Já se pode verificar, só por esta parte, a fortíssima demarcação do bem e do mal, do mocinho e do vilão, atribuindo o belo feito que Indiana, o símbolo estadunidense, busca realizar, e toda malevolência, do dito anteriormente, estrangeiro, no caso, os nazistas.
No decorrer do filme, pode-se observar o – quase, senão de fato – endeusamento do protogonista, o qual com apenas um revólver – que tem munição infinita e não precisa ser carregado – e seu chicote – o qual ele demonstra em todo correr do fillme uma exímia habilidade, ao realizar feitos aparentemente impossíveis -, derrota inúmeros vilões armados com metralhadoras, e outras armas de grande calibre,