Independências Hispano Américanas
Venezuela foi a primeira colônia latino-americana a conseguir libertar-se do domínio espanhol, e a história de sua independência serviu como um incentivo para todas as outras colônias rebelarem-se e lutarem também por sua liberdade – inclusive o Brasil, que era colônia portuguesa na época.
O precursor da independência da América espanhola foi Francisco de Miranda, militar de Caracas. Profundamente influenciado pelos ideais liberais, serviu no Exército Real Espanhol e lutou na Guerra de Independência dos EUA. Depois da guerra, viveu alguns anos nos Estados Unidos. No final do século XVIII, Miranda viajou por várias cortes europeias, buscando apoio a causa de independência da América.
Em 1797 fundou em Londres um grupo chamado de Logia Gran Reunión Americana, com o objetivo de preparar as lutas pela independência da América espanhola. Desse grupo também participaram Simón Bolívar, Bernardo O`Higgins e José de San Martín, que se tornariam líderes dos movimentos de independência americana.
Grande Colômbia
Em 1806, Francisco de Miranda saiu dos Estados Unidos e contando com o apoio britânico, desembarcou em Coro, porto da Venezuela, pronto para pôr seus planos em ação.
Contudo, nesse momento, a elite criolla da Venezuela ainda não desejava a independência nem via com bons olhos o apoio estrangeiro à causa de Miranda, pois temia uma simples mudança de metrópole da Espanha para a Inglaterra. Assim o líder revolucionário não conseguiu apoio e teve que fugir.
Inicio da luta pela independência
Em 1808, quando Napoleão Bonaparte pôs seu irmão, José Bonaparte, como rei da Espanha, a elite criolla venezuelana vislumbrou a possibilidade da formação de um cabildo com a livre participação de criollos em Caracas.
Essa era uma questão política que afligia os criollos há muito tempo, pois só os espanhóis de nascimento mandados para a América pela coroa espanhola, tinham plenos direitos políticos nas colônias. A crise espanhola abriu uma brecha