Independências afro-asiáticas
Independências afro-asiáticas
Durante o século XIX, as grandes potências desse período adotaram um sistema neocolonialista e dominaram grande parte da Ásia, África e Oceania. No entanto, com o fim da Segunda Guerra Mundial teve início um processo de descolonização e independências. Fatores que contribuíram esse processo: Movimentos emancipacionistas e nacionalistas, crise econômica européia, consciência anticolonialista e anti-imperialista, Guerra Fria e criação da ONU.
Em 1955, vinte e nove países recém-independentes reuniram-se na Conferência de Bandung, capital da Indonésia, estabelecendo seu apoio à luta contra o colonialismo. A Conferência de Bandung estimulou as lutas por independência na África e Ásia.
A descolonização afro-asiática ocorreu de duas maneiras: a pacífica e a violenta.
No caso da via pacífica, a independência da colônia era realizada progressivamente pela metrópole, com a concessão da autonomia político-administrativa, mantendo-se o controle econômico do novo país, criando, dessa forma, um novo tipo de dependência.
As independências que ocorreram pela via da violência resultaram da intransigência das metrópoles em conceder a autonomia às colônias.
Independência indiana
O principal líder do movimento pela independência da Índia foi Mohandas Gandhi (1869-1948), conhecido como Mahatma (Grande Alma). Para enfrentar a dominação inglesa, Gandhi propôs e liderou a resistência pacífica, tática de luta baseada na desobediência civil. Ou seja, os indianos eram incentivados a não usar nem comprar produtos ingleses, a desobedecer às leis que os discriminavam dentro da própria Índia e não pagar impostos, como o imposto sobre o sal. Pressionados pela resistência indiana e abalada pela crise decorrente das perdas sofridas com a Segunda Guerra, o governo inglês aceitou negociar com os indianos. Assim, em agosto de 1947, surgiram dois países independentes: a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria mulçumana.O Paquistão