Independência nas américas
O sistema colonial promoveu a exploração das riquezas das colônias para beneficiar os governos e comerciantes metropolitanos, mas depois do primeiro século de colonização esse padrão passou a ser contestado por colonos que entraram em conflito com as autoridades coloniais que cumpriam as determinações da metrópole. As raízes desses conflitos estavam inseridas nas condições internas do próprio sistema colonial, pois para que a metrópole pudesse continuar explorando as riquezas das colônias eles precisavam incentivar o desenvolvimento da economia colonial, mas ao fazer isso os colonos acabavam adquirindo maior poder socioeconômico para continuar lutando por seus interesses e contra a exploração da colônia feita pela metrópole.
Haiti
O Haiti foi o primeiro país latino-americano a se tornar independente da França, por meio da Revolução Haitiana. Denominada de colônia Saint Domingue, o país era o maior produtor de açúcar do mundo e o principal exportador de café para a Europa.
Sua população era constituída de cerca de 500 mil habitantes: 35 mil brancos, 30 mil mulatos livres e mais de 430 mil escravos negros oriundos da África Ocidental.
Ao perceber que estavam em maioria, os escravos negros se rebelaram.
A rebelião foi liderada por Toussaint L’Overture e pelo líder religioso Dutty Boukman para se livrar do domínio da França.
Em 1791, L’Overture instigou os escravos a dizimarem a população mandatária branca, que cada vez mais restringia a liberdade de seus vassalos com políticas racistas. As tropas francesas continuaram resistindo por um bom tempo, mas logo foram derrotadas pelos escravos, que receberam apoio de exércitos ingleses e espanhóis.
L’Overture chegou a assumir o governo de Saint Domingue em 1801, mas acabou sendo aprisionado pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Morreu em péssimas condições dois anos depois, em Paris.
Apesar disso, os escravos continuaram demonstrando força e resistência perante os