Independecia do PERU
Tanto Pizarro como Diego de Almagro tinham poder sobre a região de Cusco, por acordos firmados com a Coroa Espanhola. Um período de lutas entre ambos conquistadores terminou com a decisão da Coroa em transformar o Peru em Vice-reinado da Espanha, em 1544.
A partir de então o Vice-reinado do Peru passou a ser o enclave mais importante da Espanha na América do Sul.
Simultaneamente ocorreu no Peru uma catástrofe demográfica causada por inúmeras doenças trazidas pelos europeus e contra as quais os locais não tinham defesas. Estima-se que em apenas 100 anos, a população andina passou de 9 milhões a 600 mil habitantes.
Durante a primeira etapa do vice-reinado estabeleceu-se uma sociedade fortemente classista, onde os cargos públicos eram exercidos pelos espanhóis, que tinham mais direitos e status que os crioulos (filhos de espanhóis), mestiços e indígenas, nesta ordem; e por fim os escravos que começaram a ser trazidos da África. A religião católica foi imposta à força, com a destruição de objetos de culto de outras crenças.
No século XVIII as economias do continente foram liberalizadas, o que acarretou na queda econômica de Lima e de suas classes dirigentes. Sérias revoltas de ordem social aconteceram, porém foram duramente reprimidas. Este panorama de conflitos, somado à tomada do trono da Espanha por parte de Napoleão foi o preâmbulo para a independência.
Em 1820, desembarcou em Paracas, o General José de San Martín, comandando a Expedição Libertadora do Peru, que saiu do Chile, onde Bernardo O’Higgins havia conseguido a independência. O exército venceu na Batalha de Nazca. Em Julho de 1821, San Martín adentrou a cidade de Lima, que já havia sido abandonada pelos espanhóis. Em 28 de Julho a independência do Peru foi proclamada, apesar das lutas com as forças coloniais continuarem, sob o comando de Simón Bolivar. Em Agosto de 1824, Bolívar e suas tropas venceram a Batalha de Junín, e em 09 de Julho, após vencerem novamente na