Inconsciente

Você nunca sentiu que, às vezes, sua mente parece esconder uma parte de seu ser de outra parte do seu ser? É o que ocorre, por exemplo, quando você se recorda de repente de algo que lhe aconteceu na infância e que havia ficado esquecido durante todo esse tempo. Ou quando você chora sem saber por que, ou diz alguma coisa sem querer, ou faz algo que não sabe justificar. A partir da observação dessas condutas “estranhas” que se formularam algumas concepções importantes para a compreensão da mente humana.

O Inconsciente

Na passagem do século XIX para o século XX, o médico neurologista austríaco Sigmund Freud concebeu uma teoria da mente que revolucionou a história do pensamento em vários sentidos. Ele é o fundador da psicanálise. A maioria das pessoas tende a pensar que não existe nada mais em suas mentes além daquilo que sabe, seus pensamentos, imagens e recordações.
Freud afirmou, no entanto, que a maior parte de nossas vidas psíquicas é dominada pelo que ele chamou inconsciente. A outra parte, o consciente, seria bastante reduzida e, em grande medida determinada pela primeira. Assim o consciente não seria a simples negação da consciência, uma espécie de “nada”, e sim uma parte integrante de nossa personalidade, bastante ativa e determinante onde “coisas” existem e acontecem sem que as percebamos.

Para Freud, a sexualidade, a chamada libido, constituiria o elemento fundamental do inconsciente, bem como toda a dinâmica da vida psíquica. Essa teoria escandalizou a sociedade de seu tempo, principalmente por enfatizar a existência de atividade sexual nas crianças, bem como a importância que vivências e traumas sexuais infantis teriam na determinação do comportamento das pessoas durante toda a vida adulta.
Freud dizia que os seres humanos foram feridos três vezes do século XV para cá, e que as feridas atingiram o nosso narcisismo, isto é, a bela imagem que possuíamos de nós mesmos como seres conscientes/racionais e com a