INCONFIDÊNCIA MINEIRA A crescente falta de alternativas econômicas acabou levando a elite mineira a considerar a idéia de um movimento revolucionário. Em 1788, os boatos sobre a derrama produziram o elemento que faltava para a decisão. Os membros da elite tornaram-se conspiradores. Em pouco tempo, traçaram um plano para desencadear um movimento de independência. A revolta deveria coincidir com a derrama imposta pelo odiado governador. Na condição de grandes proprietários e membros influentes da sociedade, passaram a juntar recursos e aliciar adeptos. Mas, antes do dia marcado, um dos conspiradores, Joaquim Silvério dos Reis, traiu os amigos, permitindo a reação do governo. LÍDERES DA INCONFIDÊNCIA Entre os inconfidentes com funções importantes no governo e na vida mineira, destacam-se: Tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade. Filho do governador Gomes Freire de Andrade, ocupava o cargo de comandante militar de Minas Gerais. Era dono de fazendas e minerador, além de ser casado com uma filha do capitão-mor (o equivalente a prefeito) de Vila Rica. José Álvares Maciel. Cunhado de Paula Freire, tinha 28 anos na época da Inconfidência. Nascido em Ouro Preto, estudou em Coimbra e depois viajou por um ano pela Inglaterra para estudar química e ver o funcionamento dos contatos estabelecidos com o norte-americano Thomas Jefferson. Padre Carlos Correa de Toledo e Melo. Era um sacerdote rico e de grande influência. Viveu por algum tempo na Europa; ao voltar a Minas Gerais, dedicou-se com êxito aos negócios e à agricultura. Padre José da Silva Rolim. Filho do responsável pela guarda do dinheiro no distrito diamantino de Minas Gerais, tinha uma fortuna considerável, bem como todos membros de sua família. Foi perseguido e expulso de Minas Gerais pelo governador Luís da Cunha Meneses. Inácio Alvarenga Peixoto. Formado