Inclusão escolar
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1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, o discurso da inclusão escolar assumiu status privilegiado. Entretanto, existem diversas controvérsias no plano dos discursos e das práticas. Há autores e profissionais que, defendendo a inclusão escolar como parte integrante de um movimento maior de inclusão social, que atuam na educação pela universalização do acesso e pela igualdade de ensino. E, há aqueles, pouco informados, que têm interpretado a inclusão escolar como mero acesso de alunos com algum tipo de deficiência na classe comum.
Tendo em vista os equívocos causados pelas dúbias interpretações do termo inclusão, optou-se pelo desnudamento do mesmo através dos conceitos dos teóricos e dos educadores, bem como através das práticas educativas dos últimos.
A necessidade de ouvir professores deve-se ao fato de que muitos estudos têm sido feitos na área da inclusão e pouca mudança tem se percebido na prática, pois mais do que criar condições para os deficientes, a inclusão é um desafio que implica mudar a escola como um todo. É valorizar as peculiaridades de cada aluno, atender a todos na escola, incorporar a diversidade, sem nenhum tipo de distinção. A inclusão é um processo cheio de imprevistos, sem fórmulas prontas e que exige aperfeiçoamento constante.
A leitura da realidade escolar indica a existência de um conflito entre a concepção de teóricos, especialistas ou não, na área de inclusão e o que se observa nos ambientes educacionais. Concebemos que a prática errônea se deva talvez ao fato de os professores não possuírem um significado real e fundamentado do que seja incluir. Fato que pode estar relacionado a má formação inicial, ao não oferecimento de formação continuada, a inoperância dos cursos de licenciatura, ou a falta de vontade de os professores fundamentarem suas práticas e argumentos pedagógicos.